Angelo Santedicola

Algo de Um Cais

Angelo Santedicola


Porque o compasso desse amor é poesia
Sobras de sonho e encantamento
Ossos do tempo e alquimia

E o que se lança ao léu desnuda-se a contento
Cascos e crina contra o vento
Algo de um cais solto no dia

Guarda entre a boca e a foz do grito, a melodia
(Beijo e canção)
Outra senda, serra e lenda
(Lábio, casebre e mansão)

Sobre a fala e a flor há incêndio
E outra cor desata o branco
E neste instante
Todo espaço é desamparo
E multidão