Já me disseste que desejas morrer A tua confissão atravessará a eternidade Após escrever no meu diário O testamento das tuas vontades Satisfizeste toda tua voracidade Entre minhas pernas Mastigou meu fígado Ruminando os pedaços Despiu meu corpo Amaldiçoando-o com a benção da tua saliva Eu não bebo mais do teu néctar Não comemos mais no mesmo prato Eu digeri tuas fantasias Após a sobremesa Passe-me o bule Quero sorver o chá Com a língua, encharcada pelos teus beijos