Andrea Bocelli

La Fleur Que Tu M'avais Jetée

Andrea Bocelli


La fleur que tu m'avais jetée,
Dans ma prison m'était restée. 
Flétrie et séche, cette fleur
Gardait toujours sa douce odeur;
Et pendant des heures entiéres,
Sur mes yeux, fermant mes paupiéres, 
De cette odeur je m'enivrais
Et dans la nuit je te voyais!
Je me prenais à te maudire,
À te détester, à me dire :
Pourquoi faut-il que le destin
L'ait mise là sur mon chemin?
Puis je m'accusais de blasphème,
Et je ne sentais en moi-même,
Je ne sentais qu'un seul désir,
Un seul désir, un seul espoir:
Te revoir, ô Carmen, ou, 
te revoir!
Car tu n'avais eu qu'à paraître,
Qu'a jeter un regard sur moin
Pour t'emperer de tout mon être,
Ô ma Carmen!
Et j'étais une chose à toi
Carmen, je t'aime!

A flor que você jogou para mim
Em minha prisão, comigo ficou
Murcha e seca, esta flor
Guardou sempre o seu doce odor
E durante todas as horas
Sobre os meus olhos, minhas pálpebras cerradas
Eu me intoxiquei com este odor
E à noite eu a vi!
Eu me acostumei a maldizê-la
A detestá-la, a dizer a mim mesmo:
Porque teve o destino
de colocá-la em meu caminho?
Então acusei-me de blasfêmia
E não me senti em mim mesmo
E não senti nada além de um desejo
Um único desejo, uma única esperança
De revê-la, ó Carmen,
De revê-la
Que você apenas aparecesse
Apenas para lançar um olhar em minha direção
E dominar todo o meu ser.
Ó minha Carmen
E eu seria seu.
Carmem, eu te amo!