Se arrastou no levar o corpo Bem no cruzar da cancela Saiu coiceando os cachorro' Berrando de toda goela Um bagual Baio sestroso De procedência, malino Malicioso em cada salto Veiaco' por seu destino O domador, tarimbeiro Dos que nunca facilita Por duvidar do improvável Bem mais em si acredita O cordiriu garantido Rédea chata e cincha forte E um rebenque assoviador Mais brabo que o vento norte O basto quatro cabeça' Pelego branco lanudo Forrava o trono do taura Que era taura e garronudo Quebrado nas duas pontas Um chapéu preto, aba dura E um tirador de baqueta Bem atado na cintura Quebrado nas duas pontas Um chapéu preto, aba dura E um tirador de baqueta Bem atado na cintura Esporas de ferro osco Rosetas com dente gasto Maneador a bate-cola Já com uma ponta de arrasto Buçal com cabresto largo E a pescoceira torcida Maneia de couro grosso Sovada as coices da lida Bota com cano dobrado Um do outro, desparelho A bombacha arremangada Um pouco abaixo dos joelhos O Sol queimando nos ombros Pelo mormaço da tarde Mesclando o sal do suor C'o a polvadeira que encarde O mangueirão do rodeio Santuário de tantos ritos Um domeiro e um bagual Baio São rimas pra um verso escrito Porém, o que eu mais queria Que além dessa inspiração Alguém pintasse esse quadro C'o as cores do meu rincão Porém, o que eu mais queria Que além dessa inspiração Alguém pintasse esse quadro C'o as cores do meu rincão