Tom: Dm Dm Gm Eu venho d´aonde o vento assovia na crina dos potros Dm Que correm libertos nas imensidões dos banhadais C Bb9 E os domadores são homens que fazem tropilhas pra os outros Gm F A7 Que aos gritos de forma, empeçam a lida palmeando buçais Dm Eu venho d´aonde o cantar das esporas ainda ressona Gm No embalo do trote, que leva o campeiro pra o seu compromisso Dm E o rangido do basto é um sentimento apertando a carona C Bb9 A7 Sabendo que a vida, do peão de estância, se alimenta disso Bb9 Am Gm De lá de onde eu venho, eu trago a certeza que a gente é capaz Dm De parar o tempo por algum instante e ver de olhos fechados C Bb9 Podendo sentir que o campo é um regalo que tão bem nos faz Bb9 A7 Dm Escutando ao longe, múrmuros de sangas e berro de gado Gm Eu venho d´aonde o aperto da cincha garante o sustento Dm De quem alça a perna, firmando nos loros a obrigação G Bb9 De escorar o tranco, qual um laço forte que em cada tento Bb9 Am Gm Dm Forceja parelho, unindo suas forças pra aguentá o tirã Dm Gm Eu venho d´aonde os calos das mãos e as rugas do rosto Dm São marca e sinal, daqueles que enfrentam mormaços e geadas C Bb9 Com pilchas e garras judiadas da lida que é feita com gosto Gm F A7 Quando assim lhe toca, recorrer o fundo de uma invernada Dm Eu venho d´aonde o mensual é um soldado disposto ao combate Gm Servidor da pátria, que mete o cavalo junto do fiador Dm E encerra o dia com o pingo lavado e roda de mate C Bb9 A7 Recontando os feitos de um rodeio grande n´algum parador Bb9 Am Gm De lá de onde eu venho, eu trago o aroma dos galpões de encilha Dm Estalar das brasas, cambona chiando e o fogo graúdo C Bb9 Onde o mundo grande se pára pequeno num rádio de pilha Gm A7 Dm Pra amansar a vida, quando alguém de longe nos manda um saludo