O Sol se põe de a pouquito Detrás da porteira velha do mata-burro quebrado E o campeiro, num Tostado, tranco e tranco, retornando Vai contente, vai charlando com seu perrito tigrado Vez em quando, garra um trote Chacoalha o laço nos tentos e os bastos ringem, pois não Cruza por cerro e lagoão, costa de mato e banhado Onde a garça segue o gado que nem lhe põe atenção C'o estes fundos recorridos Pondo o olho em vaca fraca, bombeando o arame e contando Fecha um cigarro, voltando, bom fumo Ramo de Ouro Que vale mais que um tesouro pra o que se aquece pitando " Capinchos mansos no passo Lebre arisca que dispara, sorro ladino gritando Em seu rumo, serpenteando, às vezes, some em descidas E quando sobe, em seguida, vai contra o céu repechando " Já vai seco por um mate E no galpão, pela hora e, pelo frio, não se engana Queima um restito de trama que repartia um potreiro Última ajuda aos campeiros da divisa veterana Como pode este caminho Este caminho de sempre estar sempre mais bonito? Pedras rodeando um cerrito, velho açude feito a boi Tudo que o pago já foi ficou aqui, infinito Como pode este caminho Este caminho de sempre estar sempre mais bonito? Pedras rodeando um cerrito, velho açude feito a boi Tudo que o pago já foi ficou aqui, infinito Pedras rodeando um cerrito, velho açude feito a boi Tudo que o pago já foi ficou aqui, infinito