Sol Que queima o pensamento Vem molhar meu sofrimento (2X) Na boca o mesmo gosto Caminho sem direção No chão vejo o meu rosto espelho as marcas do sertão Nos olhos o mesmo rosto Poço de solidão Do céu eu espero o gosto doce entre minhas mãos Sol Que queima o pensamento Vem molhar meu sofrimento Sou filho do sol Sou filho da lua Sol alimento da carne crua Sol filho da fome, viúvo da chuva A vida é meu nome e continua Saio em romaria pedindo ao céu o que a terra esconde em algum lugar Ando nesse deserto que um dia ao certo já foi um mar E no meu canto rezando um pranto que o homem santo vai me guiar, vai me guiar