José Alves Tavera era o nome Apelido era Zé Feição O pedaço de uma história O começo de uma tradição Contador de piadas e causos Cavaleiro por vocação No desfile das comitivas Ele tinha cadeira cativa Na abertura da festa do peão Oi lari lari larai, lari larai E na praça Francisco Barretos Bem em frente ao bar Jaú Se sentava com os fazendeiros Falava em dinheiro o preço do zebu E nos causos que ele contava Às vezes chorava de tanta emoção Que da festa dos Independentes Se lembrava orgulhosamente Tinha sido ele o primeiro peão Oi lari lari larai, lari larai Quando vai chegando agosto Aproxima a ocasião A Barretos se faz mais bonita E o seu povo se veste de peão De bombacha e lenço estampado De berrante, espora e gibão Fica em festa toda a cidade No aboio da nossa saudade Já não vemos mais o Zé Feição Oi lari lari larai, lari larai Homenagem se faz quando vivo Mas o Zé Feição é um arquivo Que merece a celebração Não recebam como cobrança É apenas uma lembrança Nesse canto de recordação Uma história se escreve com fatos Zé Feição merecia um retrato Na entrada do parque do peão Oi lari lari larai, lari larai