Há três noites que não durmo Nem ao menos tenho sono Há três noites que estou Sofrendo neste abandono Faz três noites que eu passo A chamar pelo seu nome E ela não vem dar fim Nesta dor que me consome Nesta noite fria e triste Eu me sinto tão sozinho O meu pranto é um protesto À falta do seu carinho Meus braços estão vazios Já não sentem seu calor Nem o cigarro consegue Acalmar a minha dor Minha voz dentro da noite É um grito de agonia Lamento desesperado Nessa dor que me crucia Em minhas horas de angústia Até o silêncio diz O quanto estou sofrendo O quanto sou infeliz Entre as quatro paredes Do meu quartinho tão triste Somente amargura eu vejo Somente a tristeza existe A chuva cai ritmada Fustigando a minha janela Até o vento parece Murmurar o nome dela