Perdão, façam favor de me dizer Se viram por aí, o velho fado Um tipo da boêmia e do prazer Assim um tudo nada, já cansado Vestia calça justa e uma samarra Chapéu à marialva e bota branca Eu vinha cá, trazer-lhe uma guitarra Pra irmos ainda hoje a vila franca Pois eu já percorri alfama inteira e não o vi Subi ao bairro alto e ao charquinho dei um salto Já fui à madragoa, já percorri meia lisboa E ainda, se calhar bato pró ferro de engomar Pois bem, vou até á mouraria Que tristonha, que sombria, a moirama está agora E ali nas vielas do passado, já ninguém conhece o fado Ninguém sabe onde ele mora Eu tinha combinado, ir hoje aos toiros Os dois, eu mais o fado, de tipóia E o nosso matador, o mata moiros Levava-nos à noite p’ra rambóia Cear no bacalhau, como é costume Ali, de canjirão e banza ao lado O fado, que anda cheio de ciúme Faltou-me desta vez, ao combinado