Bate o tambor de Madureira Anunciou que vai relampear No verso do vento O axé da morena Chegou Yaô de Oyá Chegou Yaô de Oyá Clareou Sob o céu suburbano, festeiro De um Rio mestiço, mandingueiro Que é de samba, malandro, jongueiro Bamba no terreiro, com seu guaiá E Madureira Se eternizou na tela moderna Que a Portela foi no passado buscar Ô mestre Traz o pandeiro e a viola Que eu quero ver Se a moça de saia rendada rebola Rebola, Oi, rebola Que eu quero ver Se a moça de saia rendada rebola Ela se enlaça no sonho que passa Traz as três raças Na bagagem e vem Encontrar o canto da brasilidade Com a claridade que um ser de luz é que tem Clara mineira é a guerreira que vence E o portelense se vê como Clara também Eu andei na areia que é de Iemanjá Catando conchas pro seu colar Dançou feliz Pelas matas, bambuzais Feiras, sertões e gongás Agora já não dança mais A saudade com o manto azul e branco Sai da eternidade Voa pra voltar E a magia da Deusa revivida Se encanta na avenida numa sabiá