Às vezes fico antiga Meus olhos ficam íntimos da vida Vejo as florestas como quem conheceu as sementes Vejo os rios como quem bebeu nas nascentes Aceito o tempo Me alimento e aprendo alguma coisa Gosto das idades, das verdades que mudam com a cor dos cabelos Dos reis, plebeus, de sangue vermelho Gosto do que é humano, do que é quase falha Gosto do que abala a equação Eu gosto de ouvir meu coração