Metade de mim é o que eu creio E a outra metade é o que eu sinto Minha essência é o eco dos tambores Que embalam a dança dos quadris Meus olhos enxergam além do visível E meu coração é meu guia Sigo a voz da minha, minha intuição Pois sei que nela habitam também outras vozes Sagradas, antigas Sou feita de paixões, de dendê e pimenta Mas também de afeto, de mel e água doce Sou feita de floresta, de terra fértil, de flecha certeira Sou feita de mar e de cachoeira Teço com minhas mãos a história de quem sou Respiro a memória dos que vieram antes E peço licença pra chegar E em cada passo que dou Faço de mim mesma o meu próprio altar