Uma casinha no mato me enche de recordação Da bateia no riacho, túia cheia de feijão Rapadura de melaço, alumeia o lampião O ramo da benzedeira, cantiga de coração O canto do passo preto, o fiar do algodão As moeda na gibeira, visage de assombração O riozim o canoeiro, o canto do beira mar A canção da lavadeira mulheres à entoar Tem a paçoca de carne, tem o biscoito pra assar Bule no fogão de lenha, cheirim de café no ar Meu coração bate forte quando eu começo à lembrar E se eu assunto a viola me pego logo a cantar Sobre a casinha no mato que no quilombo ainda está E lá que era a morada da minha vozinha Sinhá Som seu lencinho amarrado no cabelim de algodão Pele preta enrugadinha vestidinho de chitão La la la la la laiá la la la laiá la laía La la la la la laiá la la la laiá la laía É tanta falta de chuva que castiga aquele chão E a sementinha que luta pra nascer lá no sertão O riozim o canoeiro, o canto do beira mar A canção da lavadeira mulheres à entoar Tem a paçoca de carne, tem o biscoito pra assar Bule no fogão de lenha, cheirim de café no ar Meu coração bate forte quando eu começo à lembrar E se eu assunto a viola me pego logo a cantar Sobre a casinha no mato que no quilombo ainda está E lá que era a morada da minha vozinha Sinhá Som seu lencinho amarrado no cabelim de algodão Pele preta enrugadinha vestidinho de chitão La la la la la laiá la la la laiá la laía La la la la la laiá la la la laiá la laía