E olha ao longe a praia O bote aguentou Bom vento sopra forte Que é pra lá que eu vou Formosa e segura Venha quem vier Finalmente livre Sem nada a temer Uns dizem que não posso Outros que não sou capaz Se aprovam ou reprovam A mim tanto faz Passou a tempestade O momento chegou É hora De mostrar quem eu sou Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena O medo atrapalha A ilusão confunde A obra boquiabre Aboca meio mundo E se o que eu for, for feito E o que eu fizer for meu Pode não ser perfeito Mas há de ser eu Cairam rios de chuva O vento uivou lá fora A pouco e pouco o temporal Foi acalmando agora Já só falta uma nuvem Para o sol brilhar É hora de por isto a andar Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena Dias e dias Carregando um fardo Que afinal não era meu À procura de uma resposta E a resposta A resposta Pelos vistos A resposta sou eu Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena Leve, leve Olha agora sinto-me leve Leve, leve, leve Como uma pena Leve, leve Olha agora sinto-me leve Leve, leve Leve como uma pena