Meus sonhos pedem que eu cante Toadas pra lua estender o seu véu Rodeada de estrelas e amores Que formam remansos nas águas do céu Destinos se encontram no vento E mesmo distantes insistem em voar E as asas se chamam saudade Que no céu da paixão vai até encontrar. Tormentas que sinto por dentro Fazem vendavais num peito de aço Num toque se acaba pra sempre Quando me abrigo no céu dos teus braços A água que escorre no rosto Encharca a saudade de vozes e cores Pesando na carga do tempo Trajando algum brilho de lua e amores. Parece que corta a alma Se os olhos disfarçam no breu da ilusão Que os sonhos parecem infindos E brotam silentes no barro do chão Tudo que sinto não cabe Na essencia do verso, num simples açoite Que a falta que me faz é forte Afoga a ternura aos olhos da noite.