Velha estrada boiadeira Tem histórias pra contar É onde passa os peões Sorridentes a cavalgar Quero ver-te empoeirada Quando a boiada passar É a última que resta Ainda sem asfaltar E o repique do berrante Não pode silenciar E o repique do berrante Não pode silenciar Quero ver à passos lentos A boiada caminhar Rodeada de peões Sob os raios de luar Quando chegar na pousada Pare então pra descansar No ponteio da viola O peão pede a cantar E o repique do berrante Não pode silenciar E o repique do berrante Não pode silenciar Vou pedir ao presidente Essa estrada conservar Onde peão estradeiro Faz poeira levantar Onde passou mil boiadas E outras tantas não passaram Sempre ouvindo o som manhoso De um berrante a repicar E o repique do berrante Não pode silenciar E o repique do berrante Não pode silenciar E o repique do berrante Não pode silenciar E o repique do berrante Não pode silenciar