Talvez em êxtase, talvez em pânico Uma voz trêmula, uma face ríspida Talvez o medo, talvez um cego Somos princípios e precipícios Uma noite, um copo e lágrimas Minha boca e os olhos em álcool Eu espero pra ver amanhecer Eu espero a noite me esquecer Eu não tenho por que acreditar Eu não quero cartas para jogar Eu espero tudo acontecer Eu espero e deixo o tempo correr Eu não tenho tanto tempo assim Eu comecei e não encontro o fim Por um milagre ou uma catástrofe Por que esperamos explicações Toda vaidade, tanta mudança Tanta crueldade e tolerância Uma noite, um corpo e mágoas Minha face e o sangue em álcool.