Amaia Montero

Muñeca de Trapo

Amaia Montero


Como esos cuadros que aún están por colgar
Como el mantel de la cena de ayer
Siempre esperando que te diga algo más
Y mis sentidas palabras no quieren volar

Lo nunca dicho se disuelve en té
Como el infiel dice "nunca lo haré"
Siento que estoy en una cárcel de amor
Me olvidarás si no firmo mi declaración

Coro:
Me abrazaría al diablo sin dudar
Por ver tu cara al escucharme hablar
Eres todo lo que más quiero
Pero te pierdo en mis silencios
Mis ojos son dos cruces negras
Que no han hablado nunca claro
Mi corazón lleno de pena
Y yo una muñeca de trapo

Cada silencio es una nube que va
Detrás de mí sin parar de llorar
Quiero contarte lo que siento por ti
Que me escuche hablar la luna de enero
Mirándote a ti

Coro:
Me abrazaría al diablo sin dudar
Por ver tu cara al escucharme hablar
Eres todo lo que más quiero
Pero te pierdo en mis silencios
Mis ojos son dos cruces negras
Que no han hablado nunca claro
Mi corazón lleno de pena
Y yo una muñeca de trapo

No tengo miedo al fuego eterno
Tampoco a sus cuentos amargos
Pero el silencio es algo frío
Y mis inviernos son muy largos
Y a tu regreso estaré lejos
Entre los versos de algún tango
Porque este corazón sincero
Murió en su muñeca de trapo

Como estes quadros que ainda estão sem serem pendurados
Como a toalha do jantar de ontem
Sempre esperando que te digas algo mais
E minhas sentimentais palavras não querem voar (sair)

O nunca falado se dissolve em um chá
Como o infiél diz que nunca fará
Sinto que estou em uma prisão de amor
Me esqueceras se não assino minha declaração

Abraçaria o diabo sem duvidar
Para ver teu rosto ao me escutar falar
Você é tudo o que mais quero
Mas te perco em meus silêncios
Meus olhos são duas cruzes pretas
Que nunca falam claro
Meu coração está cheio de pezar
E eu sou uma boneca de pano

Cada silêncio é uma nuvem que vai embora
Atrás de mim sem parar de chorar
Quero te contar o que sinto por ti
E que me escute falar a lua de janeiro
Olhando para você

Abraçaria o diabo sem duvidar
Para ver teu rosto ao me escutar falar
Você tudo o que mais quero
Mas te perco em meus silêncios
Meus olhos são duas cruzes pretas
Que nunca falam claro
Meu coração está cheio de pezar
E eu sou uma boneca de pano

Não tenho medo do fogo eterno
E menos ainda das tuas histórias tristes (amargas)
Mas o silêncio é uma coisa fria
E meus invernos são muito grandes
E quando você volte estarei longe
Entre os versos de algum tango
Porque este coração sincero
Morreu na sua boneca de pano