Alvinho

Bangalô

Alvinho


Um bangalô com
Trepadeiras na janela!
Desses que tem tem
Uma janela só pra dois!
Eu construí apaixonado para ela
Que era o meu sonho
De carmim e pó de arrroz!

Mas, depois a tal boneca
Tão gentil e tão sapeca!
Não sei por que me deixou?
E hoje, vive assim fechado
Com meu sonho sepultado
O elegante bangalô!

E a água sonora do
Repuxo interrogando!
Agora sobe a soluçar
Na solidão!
E a trepadeira
Simbolista se enroscando!
Lembra a tristeza que
Me oprime o coração!

Andei louco na cidade
Lamentando a brevidade
Do romance de nós dois!
E já sei que a minha bela
Hoje, tem somente dela
Em vez de um, três bangalôs!