Sangue de nobre corre em você (Nobre senhor que chora a dor de sua desilusão) Chegou ao seu lugar vivendo a vida que a de ter (Viver de restos, porcos, pobre angústia) Saber que fez por merecer (A sua pior derrota, hipócrita, esse é o fim) Zela pelo que tem, pra sempre ter consigo (A pouca vida que lhe arrasta para que??) Pra poder desfrutar. (De sua própria dor) Já não mais defrontar. (Não mais terá o amor) E ser pra sempre assim. (E carregar sua própria cruz, O próprio espinho que plantou) Estar sempre a frente ao passo do querer (Essa é sua ambição) Sua vasta prole esse caminho pode ter (Mais um fracasso não) Quem ousaria agora não obedecer (Já de joelhos implorando seu perdão) Esse é seu reino, esse é você (Quem vai lhe dar a mão??) Agora a fome e o cansaço Não se arrepende do que fez Mas não se lembra nem do próprio nome E já não sente os próprios braços Cego a escuridão o fez Talvez mereça alguma chance