Posso olhar pro nada e achar a perfeição Silêncio é nossa obra Fingir que não sou eu aqui De um lado não tem nada Do outro vejo um vão Detalhes na calçada Aqui só tem neguim daqui Me vejo fora da sensação De ser um ponto neutro Num postal que lembra um avião Leste/oeste é tudo longe daqui Eu mergulho nesse sóbrio nesse chão Conta cinco que eu chego aí Posso olhar pra fora E ver a imperfeição O espaço entre uma quadra Fingir que não tem mais ninguém assim Ninguém é assim