Nós nascemos num pais Onde a liberdade é imaginaria Onde narrar a verdade é crime Da cadeia e estadia precária No lugar onde a esperança Já não acredita ser ela Todos perdemos um dia Por isso celebramos a luz de vela Nosso tempo já não é nosso Vivemos encaminhados Tomamos a liberdade de ser cegos por opção Para não sermos condenados Eu sei que tens noção De como o povo tem sofrido Caídos e arrependidos Com sonhos adormecido Enquanto a morte não me leva Eu levo mensagem onde posso Aproveito como posso Porque é importante antes da sede Procurar escavar um posso E essa vida é um jogo duro Ninguém ganha sem esforço Antes que eu perca a minha fala Dou a verdade em troca Do teu silencio que afoga O que não são sai da tua boca Não sei por onde errei Mas me sinto coberto de culpa Perante o tempo e o espaço A vitoria depois da luta E se a tua fé for mutilada Não há chance e não há nada Porque o obvio esta na cara Que não vives nem um pouco Com sem uma alma motivada Rostos andam a derivas Com forças inactivas Querem tudo sem trabalho Carro fama e essas divas Tanto luxo na miséria Isto não presta nem um pouco Quês ganhar respeito e honra Então não viva como louco A minha paz residi em Cristo Apesar de não segui-la Aqui os putos não são putos Perdem conhecimentos E ganham chotes de tequila Os negócios que mais vendem O povo todo sabe Putos brincam com as drogas E os cotas atrás das grades A vida é um quem sabe sabe Manas andam semi- nuas Porque a mente é um tchuna, baby Lamento mas vais ouvir A verdade nas tuas colunas É pena que eu não canto Para exposições nocturnas Tu te afogas na bebida Estas num beco sem saída E depois te gabas d ser o tal O vilão das nossas vidas Quando em casa passas fome Enquanto te apegas no mal Eu me apego ao microfone Se vida te der voltas Então hás-de ver de novo Repers igual a mim Que sonham com um mundo novo A esperança é algo forte Abana mas não cai Já que a tua boca recusa Eu vejo os versos que tu abraças a me chamarem de pai O vosso hiphop já não já não presta É mesmo tontura mental, eutrafia verbal Ainda por cima ele só traz atanasia mental Queres confronto com o Alocassy Ta se bem entra na roda É que a minha vida é um livro aberto Mas aos reiras incomoda Então traga todo grupo Traz reforço e venham todos Porque eu luto contra o luto E não respondo simples grupos Te prendo nos meus versos E liberto-te em cemitérios Repers estão a esquecer os sonhos Porque mesmo sem castelos, eu to formar mais pesadelos E sem receio eu falo tudo As verdade não contadas encontrei na voz de um mudo E esses repers sem ideias, cheios de plateias São repers hermafroditas, com musicas sem conteúdos Pra alem da letra eu tenho os actos Vou todo hihpoiano pra humilhar o vosso contrato Tu te gabas de ser livre, e tens vivido como escravo O que eu cuspo é realidade, e faço dela o meu retrato Tu só dropas pela fama, dropas pelas damas E pela drena dessa droga ainda vais vender a tua alma Tu es parvo como os manos que promovem a paz com armas Tanta gente no hiphop, mas eu vejo poucos repers Tagarelas number one, mas nunca dizem o que sentem Pra evolução do hiphop esses nigaz não dao nada Então vai morrer distante com essa tua raiva danada Porque eu vim feito um dragão Com verdade no teu templo Prego paz e amor porque é um dos mandamentos Eternizo as palavras como o novo testamento A minha força vem de Cristo, mando lixar os ateus Tu es antigo, mas inútil, e nem te aceitam no museu Es odiado como a peste que pariu a era negra Teu sucesso ta coberto de um véu negro Essa praga vai pra todos Que querem ver o hiphop afundo Espero que vivam deitados, presos na sombra do obscuro Condenados pelo ódio dessa mágoa e sem futuro E quando o assunto vai ser guerra Ressuscito os terroristas Porque o espirito é só um, suicidas e seguidistas Esses repers parasitas, vão dizer que vão que são os tais Como os falsos profetas, virão com mais de mil sinais Mas eu conheço a verdade, por isso não deixo ir E já que o fim esta muito próximo Então ajudo a destruir Estas a espera de um transporte Pra te levar ao topo Fazes tudo por vaidade e vens a me chamar de louco Porque onde topas eu não topo Onde tocas eu não toco Onde dropas eu não dropo Queres subir de boleia Eu quero tudo do meu esforço Movido pela fé Eu trago paz no meio da luta Sou o calor na fria gruta A luz que brilha em cada ser, numa visão mais adulta A nossa conduta é feita Pela contagem do tempo de cada nova geração Desde a era da pré-colonização Que o homem vem lutando pela sua libertação O que me preocupa não és tu Nem o rap que tens mostrado Mas mantém longe das crianças Esse teu conteúdo poluído O que cantas não é real É só o reflexo da ilusão Não tens noção De quanta gente apodrece numa prisão A fome dói tanto quanto A dor de uma bala na testa Nesse país a justiça vem no compasso de camaleão E só por isso é que nunca chega Sempre levei o rap a serio Acho que é isso que te dói És um vazio e os teus lamentos Só me lembram o rei loy