Senhor, dizem que um dia irei encontrá-lo Dizem-me que serei julgado Quem ouvirá a minha defesa? Quem me defenderá? E quem o julgará? Não gosto e me queixo desse seu jeito estúpido de me amar Vou querer saber das vidas que perdi E o porquê de querê-las para si Ó senhor, se me ama tanto Por que me reserva tanta dor e pranto? Vivo pedindo a morte prematura Não tendo coragem de antecipar a partida Eu sigo Ó senhor onipotente, onipresente, onisciente Não sei mais a quem confiar minhas orações Talvez haja outros deuses a quem agradecer, a quem pedir Senhor Eu seria mais feliz se você não houvesse me amado Se nunca houvesse lembrado que eu vivo Eu sei Aqui no fundo da minha alma viva, mas morta Eu serei feliz um dia quando adormecermos Senhor Você fere minha carne, sua alma Expressão maior do seu amor E muitos te amam por isso