Lentas e lerdas as carretas somem Nas curvas longe, na distância além As léguas largas que as carretas comem Voltam na poeira que da estrada vem Resmungam, rangem é pesada a carga Há nelas mágoa pelo que se foi Mas vão rodando, resmungando amargas Rodados grandes, magrelões os bois Pesadas cargas, léguas amargas Distâncias largas, chorando vão Longe depois choram os bois Carretas, bois, rastros no chão Vão lentamente, tristemente embora Quase sumindo na distância além Saudoso delas o silêncio chora Vão carregando o que mais quero bem As léguas cortam machucando fundo Levam na estrada o castigado chão Levam querência para o fim do mundo Lentas carretas que já lá se vão