Lição do simples Leveza de passarinho e vento Sorriso sobre a ferida acesa Dançando, luz na cara e no peito Mão de amigo De mestre, de irmão na corrente Nos duros dias pausa na calma Ver a beleza real sem lentes Além das telas, as cores, as pessoas, os bichos As páginas das canções bonitas As árvores, as águas da Terra Lição do simples Um fim de tarde e a Lua crescente E ser a cheia no céu mais rente Cada estrela é aquele que sente Na voz de nuvens A verdade falar sem legendas Que a fala natural nunca mente Palavra, um cristal transparente A mesa farta, uma bebida boa E os dentes mordendo o mundo, uma fruta doce As manhãs mais frias ou quentes A mesa farta, uma bebida boa E os dentes mordendo o mundo, uma fruta doce As manhãs mais frias ou quentes Saber as horas líricas do amor e das dores Saber que a semente do tempo, está no ar de ser vivente Vibrar as cordas do coração com o corpo inteiro Ter alma que voa é um presente Ser poesia é só ser gente Ser poesia é só ser gente Ser poesia é só ser gente