O Sol brilhava sobre o mar Brilhava meio em cheio E ele cumpria o seu dever Sem o menor receio Mas quando? Quê? Mesmo? Por quê? À noite, estava em meio A foca e o carpinteiro Estavam um dia a passear Tudo ia bem Mais só que bem Que areia era demais Seu Foca! Disse o Carpinteiro A coisa não vai bem Vamos varrer até morrer Se isso lhe convém Hum, varrer? Huurrrng Então eu digo, oh meu amigo Chegou agora a vez De se falar de coisas mais De couves e de reis Do mar que está a fervilhar De porcos e pastéis Callooh Callay, só falareis De couves e de reis Oh, oh Ostrinhas bonitinhas, não querem passear? A morte é certa A vida é bela E o Sol está a brilhar E se der fome no caminho Podemos almoçar Mas Mamãe Ostra, que não é boba Piscou o seu olhinho E disse não Porque é estação de ostra estar no ninho Tenham descanso O mar é manso Fiquem aqui Mamãe disse Sim, sim, é claro, é claro Mas, ah Chegou a hora, minha senhora Chegou agora a vez De se falar de coisas mais De couves e de reis Do mar que está a fervilhar De porcos e pastéis Callooh Callay, passeareis Com couves e com reis Uhum, muito bem, vamos ver Ah! Um bom pão, eis o que é necessário Que tal uma pimentinha e um molhinho, hein? Oh, claro, ótima ideia Esplêndida ideia Agora, se as ostrinhas estiverem prontas Haha, poderemos almoçar Almoçar? Haha, chegou a hora, minhas anjinhas De falar de alimentos De carne, pão, de pimentão E outros condimentos Mexendo bem, como convém É digno o que vende Callooh Callay, eu comerei Com couves e com reis Eu, eu, eu, sinto muito, eu, perdão A sorte é muito ingrata Embora vossa companhia, oh Me fosse muito grata Ostrinhas? Ostrinhas? Mas a resposta foi nenhuma Isso porque elas tinham sido Comidas, uma a uma Chegou agora a vez Com couves e com reis