Aliado Preto

Tempestade

Aliado Preto


Sobre a Lua crescente os versos que sente as correntes
Enxergando superficial vazio dominando a mente

Atravessados atravessamos e validados passos
E cometeram e deu regresso é o pisar em falso

Até aqui de tudo que vi eles chamam de sina
Pontes que pulsam dentro do peito é o escape de vida

Somos o pé que aceleram reduz no amarelo
Tudo veloz isso, pra eles somos elo desse credo

Anonimato pra quem sabem cada vez mais menos
Distanciamento mais cheio de mim eu permaneço

Hoje o passado está distante e segue aqui batendo
É que a falange nunca dorme ela rompe os pesos

E as lições que aprendi no silêncio e no ínfimo
Nesses detalhes a imensidão de sempre estar mais vivo

Já me encontrei na solidão e foi satisfatório
Já morri algumas vezes, sim, só havia eu no meu velório

Na tempestade impetuosa que varre os asfalto
E nesse cismo enlouquecido de carreira solo

Alto controle sabedoria o cargo disso tudo
Eu aprendi a aceitar ruinas sem desabar junto

Vou expelindo esses demônios desse raciocínio
Meu guardião eu sendo exorcista clandestino

Entre existir e viver sô viva mata esse abismo
Em possuir sabedoria seja mais um possuído

Eu sou a camisa de força secando em meu varal
Eu já andei tempestade é, hoje é sô pôr do Sol

Pois há momentos é necessário se desconhecer
Deixar pra trás as roupas que não servem mais em você

A vida é um livro uma história antigos apegos
Tornar-se criança outra vez recomeça do começo

Escutando vozes em centros enlouquecidos
Seja o primeiro passo seja você, seja você o seu hino

Eu só me encontrei quando tudo estava perdido
Já estive no caos, é, aos poucos fui saindo

Rios que perdi sem os levar ao mar tudo confuso
Desse quebranto tudo encetei esse meus 2 minutos