O homem que protege a sua menina Na beirada da esquina, O pôr do sol da ilusão. Disfarça e fala da mentira e acha graça Faz promessa e desabafa Sua vida, solidão Homem, homem, homem industrial Longe da sua vida social Homem, homem, homem industrial Conselhos de um anjo desonesto Que intervem sem um mero afeto, Na sua imaginação. Não mostra a cara, da política acha graça Mas não sai da confusão Homem, homem, homem industrial Longe da sua vida social Homem, homem, homem industrial Cansado de ser só mais um heróis Desfaçado na fumaça Da família industrial. Vai pro seu trabalho todo dia com a tristeza e antipatia Da cegues de um carnaval Homem, homem, homem industrial Longe da sua vida social Homem, homem, homem industrial Pensa que todo o seu esforço Não vale um tostão no bolso Pra esse povo animal E se afoga na amargura do egoísmo, Iludido em suicídio Crise existencial. Homem, homem, homem industrial Longe da sua vida social Homem, homem, homem industrial Não busca sua paz espiritual.