Todo camburão tem um pouco de navio negreiro Não se passe, não se passe Preto na pista se envolve, preto na pista é malote Preto na pista não corre, preto na pista é o corre Preto na pista não morre, preto na pista é a morte Me diz o quão fácil falar que precisamos ser fortes Então me diz como esquecer das dores Quantas cores você ver, porque eu enxergo tudo cinza Então me diz o que é violência pra você Porque eu enxergo lágrima em cada sina Violência de verdade é ter vida e não viver Lutar pra sobreviver e espancar as batidas Violência é ter um preto tratado por centímetros Enquanto os racistas são tratados com sentimentos Sentimos dor, nós somos felizes sem ti, doutor Na pista é o corre, é de tamanha violência apertar mais uma 9mm Foda que as aparências são de uma historia totalmente em retrô É necessário que eu faça citações do que é violência, cê sendo de Salvador? Preto na pista se envolve, preto na pista é malote Preto na pista não corre, preto na pista é o corre Preto na pista não morre, preto na pista é a morte Me diz o quão fácil falar que precisamos ser fortes Continuemos, é, continuemos é É preciso que nós falemos mesmo o que não queremos, é É preciso que pensemos naquilo que não fizemos Somente castelaremos, sim Será que tem um fim? Só vamos crer que sim, só depende de mim Dependerá de nós, nosso povo tem voz, será desfeito todos esses nós Já pensou quanta violência é cê sair às 5 de pé Busão lotado, ao soltar ser encurralado PM fardado, a violência de ser espancado, pô A violência do tirano dentro do carro, com a da 40 atirando Meu sangue sendo jorrado, pô A desculpa foi que eu tava no lugar errado Preto na pista se envolve, preto na pista é malote Preto na pista não corre, preto na pista é o corre Preto na pista não morre, preto na pista é a morte Me diz o quão fácil falar que precisamos ser fortes Todo camburão tem um pouco de navio negreiro Não se passe, não se passe