A terra se encolhe diante do mar Num tipo de medo Que as horas que passam queriam contar Mas guardam segredo O tempo é um meio de nunca chegar Tão perto da gente Que as horas que passam queriam parar Mas andam em frente As ruas não saem do mesmo lugar Mas vão adiante E as horas que passam irão se chamar Passado distante Areia escorrendo entre os dedos da mão Ventos e cheiros de cada estação E as marcas de cada pegada no chão Se as noites buscam auroras As horas passarão E os homens aflitos se fazem passar Por homens devotos Os homem felizes se fazem gozar Em seus terremotos Os homens tranqüilos preferem ficar Sentados em lótus Que as horas que passam irão se encontrar Em tempos remotos Se as noites buscam auroras As horas passarão