Tanto, é preciso um olhar, talvez de águia Que possa ver a cor da dor e apague-a Tanto, é urgente uma música cheia de fé Que diga a verdade Tanto, como é bom liberdade, ah, como é bom a liberdade Sou livre do espanto, do medo Sem pranto sou livre demais pra acreditar, no entanto Sou livre tanto Tento, é preciso encher a alma de suor Dos homens, das plantas e do amor Tento, é urgente aprender a calar o temor Um silêncio maior e melhor Tento e como é bom liberdade, como é bom a liberdade E eu sigo no vento Sou livre não durmo Não paro, me encaro, preparo e tento Me encaro e tento É preciso ter pés firmes pra cair De cima do muro, do mundo , de mim É urgente rever velhos versos, poemas Idéias, amigos, antigos cinemas É bom liberdade, e eu grito que minto Me trago, embriago Sozinho, meu pinho, meu vinho Tinto Tonto , é preciso entender as peles nuas Andar sem remorsos ou medo nas ruas Tonto, é urgente dormir, sonhar saudade Sair por aí inventando a verdade Tonto, como é bom liberdade, ah, como é bom a liberdade E eu mesmo me apronto Nem livre, nem preso, na espera Nem fera, nem morto, nem vivo Tonto Tanto, tento, tinto, tonto