Vida certa, morte incerta A projeção do som Sempre deixo a porta aberta Para o que é bom Brinco de dançar dança da chuva Pra fazer chover dentro de nós Sua mão na minha feito luva Sua alma acalma minha voz Quando a praia fica bem deserta Todos os navios são só meus Gosto de deixar a porta aberta Pra não precisar dizer adeus Eu que já estive em outros mundos De lagoas negras e dragões Vou na procissão dos vagabundos Por saber de cor os seus refrões Um olho dormindo, o outro alerta A melhor maneira de viver Gosto de deixar a porta aberta Pra depois não me arrepender Eu que tenho medo da coragem Mas que me defendo muito bem Leio na poeira da bagagem O tamanho que o caminho tem Quando a poesia não desperta A cidade dorme no porão Gosto de deixar a porta aberta Pra não precisar dizer que não