De onde a gente vem é pra onde a gente vai Não há como fazer outro caminho O trilho faz o trem, o filho faz o pai O chão não é de pão nem é de vinho Pra onde a gente vai é tudo o que se tem O grão apaixonado por moinhos ... O tempo se distrai, o filho pega o trem E no vagão estamos tão sozinhos A brisa alisa as dunas de granizo O guizo preso no meu calcanhar Ressoa como se a doce vida ainda fosse boa Em todas as manhãs eu recomeço E meço o meu começo pelo fim Se é pra dizer adeus eu me despeço E peço que ninguém chore por mim E os povos do que resta na floresta Espiam pela fresta o sol morrer Aonde for a dor nunca se presta A ver o fim da festa sem doer A brisa alisa as dunas de granizo O guizo preso no meu calcanhar Ressoa como se a doce vida ainda fosse boa