Gira coroa, quero ver girar Imperatriz a negritude a exaltar Firma o batuque de novo Vem com a Leopoldina a alegria do povo Singrando os mares No balanço dos tumbeiros O negro em seu destino aqui chegou No batismo do tambor A luta pela liberdade Mãe África, já tão distante Um horizonte de saudade Do sacramento às lágrimas de sal Floresce nesse solo a coragem Tem no quilombo o clamor de igualdade Forte, aguerrido e bravo! Tenho orgulho, virtude e raiz Alma valente! Negro gaúcho! Um vencedor, eu sou a Imperatriz Lanceiros, heróis da dignidade Honra na revolução, a lealdade Sabedoria no legado cultural Tempero da ginga, a crença ancestral Folclore tem magia Linguagem singular em primazia Na arte reafirma o seu valor Veste o colorido enfeita a vida Nas festas, faz ecoar um canto em devoção Brilha a cor da noite, me fascina Luz de ifé, é teu laranja amada Leopoldina!