Quando é tempo de tosquia Já clareia o dia Com outro sabor. As tesouras cortam Em um só compasso Enrigecendo o braço Do esquilador. Um descascarreia, Outro já maneia E vai levantando Para o tosador Avental de estopa, Faixa na cintura, E um gole de pura Pra "espantá" o calor Alma branca igual o velo Tosando a martelo Quase envelheceu. Hoje perguntando Para a própria vida Pra onde foi a lida Que ele conheceu? Quase um pesadelo Arrepia o pelo Do couro curtido Do esquilador. Ao cambiar de sorte Levou simbronaço Ouvindo o compasso Tocando a motor. A vida disfarça Ouvindo a comparsa Quando alinhavava O seu próprio chão. Envidou os pagos Numa só parada! "trinta e três de espada" Mas perdeu de mão"! Nesta vida guapa Vivendo de inhapa Vai voltar aos pagos Para remoçar Quem vendeu tesouras Na ilusão povoeira Volte pra fronteira Para se encontrar