Lá no Sertão Foge o pinto com medo do gavião Foge o homem com medo da solidão Lá no sertão Lá no Sertão Mil bocas de fome Pelas veredas da aflição Mil aves de rapina Me espreitam o coração Seco e medonho é o sertão Mas se for preciso Por um tico de farinha, um naco de pão Por um tico de farinha, um naco de pão Eu, mato o patrão E daqui não saio não, sim senhor Finco o pé não saio não, sim senhor Por um tico de farinha, um naco de pão Por um tico de farinha, um naco de pão Eu, mato o patrão E daqui não saio não, sim senhor Finco o pé não saio não Pelos caminhos, brenhas, espinhos Pelos estreitos cruzamentos do destino Por um tico de farinha, um naco de pão Por um tico de farinha, um naco de pão Eu mato o patrão E daqui não saio não, sim senhor Finco o pé não saio não Por um tico de farinha, um naco de pão Por um tico de farinha, um naco de pão Por um tico de farinha, um naco de pão