Da licença, minha gente Do nordeste eu vou falar Da tradição do meu povo Na força do meu cantar Eu vim pra cidade grande Mas a vida eu deixei lá No nordeste tem fandango Reisado e mineiro pau Cantoria, violeiro Som de banda cabaçal O seu canto é mais agudo Do que ponta de punhal Tem aboio, tem vaqueiro Tem festa de apartação Tem forró, coco e xaxado Tem Luiz rei do baião Mestre Noza força e fé Padre Cícero e Lampião Minha terra tem novena Romaria e procissão O nordestantismo existe Dentro do meu coração O meu povo morre à míngua Mais não larga do seu chão Levanta, acorda povo Nossa hora está chegada A falta de um grito É que se perde uma boiada