Sem eira e nem beira É a sina de Mariá É um queira ou não queira É sem hora e sem lugar Com tantas histórias De rir ou se arrepiar Vai lendo o destino Que faz e escreve ao passar Onde está Mariá? Deitada na areia Agitam-se as ondas do mar Virando sereia Se esquiva e vem te encantar A libertação Fez a lenda de Mariá Qualquer cidadão Inventa um causo e vem contar Onde está Mariá? Diz que foi na poeira Veio um lobisomem e a levou Que ao virar feiticeira Um tal capelão carregou Foi carpideira no agreste e foi bailarina no sul Que ateou fogo às vestes Que a viram voando no azul