Não fui eu o pecador Que prometeu, depois negou E ao renegar se machucou de vez Se apedrejou com as suas próprias leis E eram leis ilegais, indecentes, venais Baseadas na insensatez Valha-me, ó Deus, te dar perdão! Mas ai do meu amor, ai que desilusão! É uma questão de se aperceber E a sentença é se saber julgar Se eu te devo reter, se eu te devo odiar Te punir ou te expulsar Não posso mais é me ferir de um jeito assim Expor as chagas desse amor, sei que não vou Não sou chinelo pra você me usar No que arrastou, dependurou! Nem sou pandeiro pra você me batucar E desse jeito eu me esborracho, eu me enrasco Mas assim não dá! Perdão, não dou E pode gastar seu joelho e o seu terço Que eu me torço, mas perdão não dou Errou, levou o troco na mesma moeda com que me pagou! Valha-me, ó Deus, te dar perdão! (Não fui eu o pecador) Mas ai do meu amor, ai que desilusão! (Que prometeu, depois negou) Não posso mais é me ferir de um jeito assim Expor as chagas desse amor, sei que não vou Não sou chinelo pra você me usar No que arrastou, dependurou! Nem sou pandeiro pra você me batucar E desse jeito eu me esborracho, eu me enrasco Mas assim não dá! Perdão, não dou E pode gastar seu joelho e o seu terço Que eu me torço, mas perdão não dou Errou, levou o troco na mesma moeda que pagou! Vou te escorraçar, vou até torcer Pra você errar, que é para de novo se roer Vou te espicaçar, vou te ofender Vou te machucar que é para você não esquecer Mas vou te enxovalhar, vou te entristecer Vou te afogar na água da chuva que escorrer Vou te enlamear, vou te enlouquecer Eu vou te lembrar que é pra você nunca se esquecer