Quem chuleia a verdade Alinhava sem atar Ai, coitado, errado nasceu Pois se engana quem mente ao seu eu! Quem falseia e se nega Se tropeça ao negar Se encharca no lodo, se ateia mais fogo Quem mente carrega, às cegas, penar Minha mão no fogo por você não vou botar A mentira é um remendo e a verdade vai ficar Meu lado negro pra você é um açoite Quanto mais eu me ilumino pra você Eu viro noite Quem descose a realidade Falsidade quer vender Ai, que pena de quem borda o mal Se aconselha ao menos, um dedal Qual seda falsa, a mentira não convence Pois mais dia, menos dia, a verdade chega e vence Bom cerzideiro jamais coze sem amor E eu não uso sianinha que não tenha algum valor Ai que pena de quem borda o mal Se aconselha, ao menos, dedal Retrós e linhas, eu respondo a minha dor O tecido era bem frágil, se puiu e se rasgou E o amor? É o amor do próprio amor É o amor que pinta e borda e recoze o próprio amor! E o amor? É o amor do próprio amor É o amor que pinta e borda e recoze o próprio amor! E o amor?