O fim e o mesmo pra mim E pra todo mundo Sem mais Afundo o barco na beira do cais Olho pra tras o medo me doma Aponto o dedo Experiencia que não soma sempre chega, cedo E essa e só uma porcentagem do enredo irmão Calçada ensina a caminhar com o pé no chão Cada esquina que tu dobra a vida cobra e nada basta Dói saber que a sola do sapato gasta Não não não arrasta não pensa mais uma vez O monstro que te persegue foi tu quem fez Não consegue liberdade nem paz bem capaz Aqui jaz um momento de lucidez Seculo 21 tempos de epidemia Eu faço parte dessa massa de esquizofrenia Por gosto vivendo só do que e imposto Escravo da minha, própria hipocrisia Vamos ao que viemos sem massagem e sem rodeios Já tô pra lá de exausto dos meus próprios devaneios Caminho milhas não chego a lugar algum Sem nenhum motivo justo pra justificar os meios Receios me impedem de sair da mesmice Racionalizo a vida pra aceitar o que disse Afago o meu conforto enquanto me inundo Me afogo no conforto longe da superfície Vejo o fim daqui não da mais pra respirar fundo Escravo da incoerência na existência desse mundo Destravo a insistência de nadar sem ter razão Mas não consigo fazer mais nada enquanto afundo Segundo de ânsia Momento de olhar pra trás Lembro da infância onde lutava pelos meus ideais Minha arrogância hoje me mata O marco sempre foi tudo Me iludo sem mais Afundo o barco na beira do cais