Batam palmas, anunciam os tambores Quem vem lá, Akili hã sangue bantu Africa, berço de um povo tão sofrido Renovado pelas forças que me torna destemido É o canto que ecoa em cima de cada frase Senzala, favela, dinastia de palmares A batida do tambor, liberdade, quebra de grilhões O solo que eu piso é mais batido e cheio de emoções Naveguei com o coração de um menino Com a força do orun, escrevo o meu destino Energias do além, que me guia a cada manhã Batizado pelas águas, regido por Iansã Essa é por martin, e o guerreiro zumbi Valeu pela inspiração, por não deixar a peteca cair Chibatadas, que não mataram nossa história Punho forte, que mantem viva essa memória Honrando essa etnia como herança Deuses que não deixa eu cair nessas andanças Refugio, ancestralidade a cada verso escrito Não me deixando cair em cada espaço que eu piso Sentimento que trago no peito a cada dia Enseios que me fazem suspirar a cada poesia Batuques pura magia do canto e da dança Entre culturas e crenças uma divina aliança Lanças e armaduras onde só restava fé Aos golpes dos inimigos eu permaneci de pé Axé! Tô firme pro que der e vier Vou construindo a verdade seja onde estiver Pele preta no coração, militância no punho Escrevi minha história e tirei sonhos do rascunho Mandiba trago no peito, simbolo de resistência Africa!! Grito de liberdade com eloquência