Recordo o tejo e as vielas lá da alfama Num xale negro em cada acorde da guitarra A poesia pela noite se esparrama Eu sou fadista, eu sou saudade, eu sou cigarra Bebo meu vinho de mil lembranças nesta hora Em minha mão a minha taça e o coração Canta-me um fado, por favor, canta-me um fado Canta-me um fado bem castiço e sofredor Amália vem mostrar a todos teu reinado Dize num verso português o que é o amor Ah! Portugal das caravelas sonhadoras Meu pensamento voa em busca dos teus mares Sou navegante em tuas noites sedutoras Eu sou poeta em teus claríssimos luares Ah! Portugal joga-me um cravo da janela Me põe a rir esta saudade na lapela