Hoje eu vivo, yeah! Hoje eu vivo, yeah! Hoje eu vivo, yeah! E enquanto vivo, vivo bem Eu evitei um outro perigo e caí noutro ainda mais maior Quando viajei para nenhum lugar de veículo sem motor Onde muito poucos fazem muito, por falta de amor Parti aos pedaços, não sou inteiro como eu do anterior E quimicamente, o meu corpo já não se pode decompor Antes do mar as águas se faz sol, faz frio, e faz calor Por isso, mudo o que deveria ser mudado ao meu redor Sou equidistante a nota do quanza perdi o meu valor Talvez é por não ficar apaixonado pelo brilho da cor Já não há nada mais melhor, pois, tudo agora causa dor Até o meu perfume cheira suor, e sem aromas de flor Ao passo que vejo o melhor em sonhos mas, sigo o pior Venho de longe, não sou de hoje, nasci no meio do nada Fiz tudo para ser feliz penso que não adiantou em nada E celebro em versos palavras vividas desta alma ferida Que por tua fraqueza, fez de ti plateia para ser aplaudida Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém Falta, carro, gás, luz, água, cenas que tiram o sossego Fiz os meus planos, há dois, três anos, mesmo sem emprego Não vejo o que desejo, desejo o que não vejo tô meio cego Falo comigo mesmo, e com o homem que sou no meu ego Sem paz interior por esta dor plantada que nunca rego Rimas, charrua deste eu, o que eles encontram na rua Como um papa-léguas, numa linha recta sem usar régua Bué claro, semelhante à água, falo sem papas na língua Fique na tua, na minha não dou espaço, e muito menos lua Evito narrar falcatruas, no instante em que a fome atua Por isso, é que ponho Cristo dentro disto, e nunca desisto Ando quase morto, à procura de confortos neste trajeto Tenho boas obras do que um arquiteto, no meu gueto Tanto preconceito, já não há respeito, é por eu ser preto Julgado pelo retrato, nessa gente que mente e fala barato Criticam meus defeitos, não sou perfeito, faço o que é certo Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém Doravante é difícil amar, enquanto que é mais fácil odiar Tento respirar, antes de eu falar, mas, sou um sem ar No meio deste maré de azar, onde vou em tudo que é lugar E me livrar tipo um livro, dos que abraçam, beijam até matar Venho do Gana depois de tanta gana longínquo da grana Vivo, moro naquela zona de risco, subúrbio do Talatona Carente de uma ondina, já que não percebo patavina Em condições tão insanas, enquanto a mente alucina Já fiz uma semana, distante da sina, perto da esquina Onde toda gente profana, por falta de atitude humana Faço a minha parte, e deixarei o meu legado nesta arte O coração bate, o coração parte, com o medo da morte Não me rendo antes do nada neste combate, renasci forte Isto está longe de ser sorte, crescer e evoluir sem norte Nunca tive o teu suporte, muito menos passaporte Ou um transporte, pra viajar, e cintilar feito um holofote Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito refém Hoje eu vivo E enquanto vivo, vivo bem No meio destas ruas Sem paz, feito ninguém