Sou eu! Exu das artes Na desordem que sonhei Primeiro ato, a magia vem do sol Trago cultura das entranhas com paixão Desperta sanha canibal Devora-me Vai-Vai Em cena, do profano eu sou rei Poesia que a alma alimenta Xamã, a liberdade em manifestação É fogo o desejo por revolução Embriagado, nessa zorra pelado Olha só que barato, tudo tão natural E quando baco caiu na orgia Fez da folia um bacanal Indigesto, transei as boas Cantei os bodes por aí Desprezei a burguesia, a roda-viva venci Guiei a trupe nos sertões em graças Senhor do tempo e no prazer Teatro, a zona, usina Mente divina, oficina De atuar, atuar pra poder voar Hoje nos braços do povo Pra ser imortal Eternizado Delírio de carnaval Já clareou Deixa clarear Quem nunca viu o samba amanhecer, vai ver! Segura que lá vem Bixiga, feliz da vida Canta: Evoé! Viva a voz da rebeldia Saravá! José!