A ironia de viver, é sobreviver primeiro Nem despedir do carcereiro Mas cansei de ficar preso Nada vai mudar enquanto eu não mudar Quem vai escalar o monte por mim Se eu mesmo não escalar Quem vai quebrar os meus limites Se eu mesmo não quebrar E como eu vou terminar Se nem, se quer começar O perigo é constante, a pressão alucinante O esforço é heróico, o frio é congelante A arte de seguir avante Mesmo canbaleante Mesmo com nossos direitos Negados a todo instante Única porta de saída, trancada Blindada, única rota de fuga Obstruída, bloqueada Tonelada de explosivos, tira o pino Da granada, sem contagem regressiva Dinamite detonada, sentinela, cirenes Mas eu não paro por nada, focada 100% Estratégia planejada, adrenalina tá no topo Ouço o zunido das balas Mas cheguei longe demais, para agora Deixar falar, a chance para colocar O fim nesse pesadelo, prêmio para Hesitante, é injeção de desespero A ironia de viver, é sobreviver primeiro Eu vim dos campos de extermínio Tortura no cativeiro, foragido, suspeito Do crime quase perfeito Os crimes quase perfeitos Quase não deixam suspeitos Força divina demolindo fortalezas do medo Dos guetos aos palácios, os palácios Aos guetos, essa é minha lei Minha loucura, meu jeito bem me quer Mau me quer, o que tá feito, tá feito Combustível científico, lampião aceso Sem se despedir do carcereiro Mas cansei de ficar preso Cansei de ficar preso A ironia de viver, é sobreviver primeiro Nem despedir do carcereiro Mas cansei de ficar preso Agarro o meu destino, abraço intensamente Com bravura, com coragem Definitivamente, mergulho de cabeça Águas da liberdade, suporto ataque Agressivo, desnecessário, covarde Alto consciente, no eclipse da esperança Entre o crime e a lucidez, caminho estreito A corda é bamba, equilíbrio, alto controle Coordenação motora, alta temperatura E Sodoma e Gomorra quer respeito Só que nunca respeita minhas escolhas O imposto social, a balança enganadora Mil milhas, e o primeiro passo Pra seguir em frente, o jogo é brutal Entre dragões e serpentes Esquentaram a fornalha, 7 vezes Mais quente, mas o fogo ajudou Derreteu as correntes, que limitavam Meus pés, que limitavam minha mente Tipo o louvor de Paulo e Silas Quebra as trancas dos dementes Infelizmente, milhares e milhares De armadilhas pra gente Invisíveis, mas reias, tão reias, infelizmente Tão fatais, infelizmente A minha luz se agita, na arca do meu tesouro Meu privilégio, meu fardo O meu dom poderoso, que me faz ficar de pé Diante da estátua de ouro Nabucodonosor, ficou louco Pra arrancar meu coro, feliz da vida Olhou pra vê, nós queimado até o osso Viu 4 gladiador, passeando pelo fogo Prioridades, princípios Deus sabe o que preciso Fé no altíssimo, é meu estilo Acredito no autor do H20 do meu espírito Até o último suspiro A ironia de viver, é sobreviver primeiro Nem despedir do carcereiro Mas cansei de ficar preso