Quero ver o quê que acontece quando cê vê nós na ira Exigindo os direitos negados para a perifa Quero ver o seu olhar quando ver nóis reivindicando Pelo menos, um pouco dos tais direitos humanos Tomando de conta todos os palácios que cês fez As perifa acionadas todas em uma só vez Pro cê sentir na pele tudo que os polícia faz Quando invade a quebrada com um plano eficaz De espancar trabalhador na frente dos seus filhos Difamando nossa gente para ganhar subsídio De mídia falsídia, que só apóia mentiras E quando quer se gabar, mostra as periferias A mídia pode ser benéfica de forma popular Mas do jeito que tá, parece que só quer limitar O pensamento a vida de quem não tem um advogado Que está lutando com um salário, para pagar o mês atrasado Na hora que as ponto começar a cuspir Derrubando soldadinho cês vai me ouvir E ver que os rapeiros tinham razão e num era brincadeira A maior guerra civil provocada pela incompetência De decisões Que não relevam nossas opiniões, opções E formam militante dentro dos seus padrões Com várias exceções Porque aqui ninguém pintou o cabelo de verde e amarelo Entrou na moda do país envergonhando o elo A violência no Brasil não foi gerada hoje Vem do passado os ancestrais que sofreram no açoite Então daí cê entende quem começou a guerra Os quilombos de ontem agora são favelas Vivemos num presídio imaginário formado Por ditadores que impõe limites no asfalto E quem for preso em fuga vai pagar muito caro Presídio imaginário, presídio imaginário Que prende nossa vila, prende nossa liberdade Prende meus direitos de viver nessa cidade Que prende nossa vila, prende nossa liberdade Prende meus direitos de viver nessa cidade Vivemos num presídio, bem além do imaginário Desprovido de direitos no mínimo necessário Pra subsistência higiene pessoal Desacreditado no mercado formal natural Idosos que não têm uma aposentadoria Trabalhou a vida inteira na roça, onde carteira num assina Aliás nem sabia, informação falta aqui Conferi, sempre assim, oia aí Entre a escola e comida, preferiu existir Qual seria a pergunta que ocê faria pro cê Diante da situação quando a barriga ruê Quando seu filho te agarrar implorando um leite E vê o olhinho brilhando por que acredita nele A reação pode ser má e porém violenta Sem dinheiro, sem trabalho e sem paciência Qualquer família na mira para sustentar a sua Vai reduzindo nosso povo e assim continua Os carcereiros por aqui andam de blazer preta Ao mandato de um governo que não me respeita E comprime meus direitos como se não valessem Então pra que cês inventou se ninguém segue eles Quem deveria te apoiar são os que mais atrasa Depois não vem choramingar por que invadiram a sua casa Fazer sensacionalismo e xingar os ladrão Pagar a mídia local pra debater a questão Tudo isso é conseqüência que você mermo cria Aprisionando nossa raça limitando as vias As grades do condomínio evita a pele preta Menosprezando quem vive abaixo da pobreza Somando a sua ignorância com racismo sutil Sobe o nível de terror financiando fuzil É um presídio abstrato que vai ser demolido O alívio virá só por Jeová, acredito Insistimos, seguimos, no país do capitalismo Selvagem, ridículo, (assim que é), cadeia vencida E seus filhos apodrecem em presídios Presídio imaginário, presídio imaginário Que prende nossa vila, prende nossa liberdade Prende meus direitos de viver nessa cidade Que prende nossa vila, prende nossa liberdade Prende meus direitos de viver nessa cidade