A gente mermo se exila dentro de nossas almas Se afastando da verdade para viver em fábulas Vivendo em coma desligado pronto pra perecer Vendem produtos, fantasias, compram você Desnecessário pra sua vida, sua sobrevivência Que só aumenta a ausência da nossa existência Te transformam em um consumista de valores abstratos TV de plasma mais sem arroz no barraco Controlado por um produto que você mermo quis Quer ter Puma, Adidas, mas não quer ser feliz Perdendo horas da sua vida em frente a telenovela Comerciais de consumo filosofias de classe média Que só gera benefícios Entre seus envolvidos Nisso, vai meu incito, lícito Consumam suco natural, escutem nossas rádios Quero que se afaste do mal antes que se torne um rato Em uma vida doméstica Usando correntes e pedras Aprisionado por sua mente até ser um produto que não presta Existem medidas e meios pra te fazer sumir Existem cachorros treinados pra te morder e ferir Basta ser uma ameaça, uma resistência pra ver As cabeças rolarem até encontrarem você Enquanto o abutre sobrevoa nossa aldeia Tem vizinho implicado com lixo na porta alheia Quando o Sol nascer Livre eu quero ser Não mais um que defende a opressão como bandeira Estampadas em bonés e camisetas estrangeiras “Brasil”, terceiro mundo favela Realidade, cultura, vai libertando das celas Incolor e real em volta de nossos bairros Que manipula a consciência e destrói nossos laços Divulgando em alto tom que o inimigo é o vizinho Evitando uma organização que seria de bom caminho e digno De guerrilheiros urbanos, camponeses e índios Tire a venda e veja, quem promove a miséria Quem fornece o armamento e consumismo na tela Tá expresso, vão educando o consumo E parcelando em trinta e duas prestações o seu túmulo O imperialismo comercial ataca sem tu sentir E vai criando uma necessidade sem existir Muitos de nóis, queremos a cara na mídia Pra pôr em óbito os valores que existem em sua vida De quem lutou um dia E foi um exemplo de luta e resistência pra quem vinha e lutaria País independente com a dependência chora Somos colônias modelos da Nike e Coca cola Desfilando com marcas de países que nos oprime Independência vive Mermo que seja na minoria Mas vive A chama de um dia realmente ser livre existe Acredite! Quando o Sol nascer Livre eu quero ser Não mais um que defende a opressão como bandeira Estampadas em bonés e camisetas estrangeiras Estamos fragilizados E o imperialismo comercial é o nosso doce carrasco Nos deixando ser manipulados E matando a sede com sangue de quem lutou no passado Quando o Sol nascer (quando o Sol nascer) Livre eu quero ser (liberdade Brasil!) Não mais um que defende a opressão como bandeira Estampadas em bonés e camisetas estrangeiras