Ademir Ribeiro

Histórias Para Ninar Gente Grande

Ademir Ribeiro


Desperta, Brasil
Canta, Mangueira
Embarque no trem da Estação Primeira
Nesse livro verde e rosa
A verdade verdadeira

Gigante adormecido
Em seus ouvidos forjaram memórias
Milhares de anos esquecidos
No ventre da nossa história
Do jeito que o rei mandou
Um terra à vista ecoou
Naus portuguesas em aventuras
Que em busca de riquezas
Desprezaram o homem nu, sua arte, sua cultura
Vinte e dois de abril, dataram o que não existiu
Nosso primeiro de abril

Índio valente guerreiro, dono da terra
Abençoado por Sepé tiaraju
Cunhambebe, o braço forte
Integração pra não entregar
Caboclos, cariris, tupinambás

Na luta, jangadeiro destemido
Chico da matilde é inspiração
Deu asas à liberdade antecipando a abolição
Bailam Dandara, Zumbi, Felipa e Mahin em comemoração
Nos grilhões e tantos cabais persistem em nossos anais
Heróis, de fato, no anonimato
Hoje monumentos na mangueira
Saci, bumba-meu-boi e um artista iluminado
Alimentam a cultura brasileira